A ASPP marcou para esta segunda-feira uma concentração em frente à sede da direção nacional da PSP e junto à residência oficial do primeiro-ministro. O sindicato reivindica um novo modelo de organização da PSP, que se ajuste à realidade e as necessidades do serviço policial, um programa de apoio para os agentes, a revisão dos subsídios e suplementos remuneratórios e um efetivo mais jovem.
O presidente da estrutura sindical afirmou que “se está num bom caminho para a acabar com a polícia de segurança pública”, acrescentando ainda que os polícias estão “revoltados e desmotivados”, tendo chegado ao seu limite. O facto de o Governo não ter cumprido “90% das promessas” é outras das causas que Paulo Rodrigues aponta para o “futuro negro” de que fala.
Esta segunda-feira, foram entregues cartas ao superintendente-chefe Luís Farinha, já que o sindicato entende que “a direção da PSP deve ter um papel mais interventivo e firme junto do Governo”. À agência Lusa, Paulo Rodrigues refere ainda que a instituição está “de rastos” em termos de meios, efetivos e equipamento, o que põe "em causa o funcionamento da polícia e a segurança dos cidadãos”.
O sindicalista fala ainda no encerramento das esquadras por falta de agentes, o envelhecimento do pessoal – há dados que indicam que um quarto dos polícias tem mais de 50 anos –, as agressões diárias a polícias e os suicídios. Lamenta ainda que no “cardápio da campanha eleitoral”, o tema da segurança não esteja na ordem do dia.
Para além de escreverem acerca do aumento da insatisfação e da deterioração do serviço que prestam, nas cartas, os agentes falam ainda acerca do Plano Plurianual de Investimento, que impede a aquisição e renovação de meios, equipamentos, construção ou renovação de departamentos policiais.