Kristalina Georgieva alertou esta terça-feira para o “risco sério” de ocorrer um abrandamento da economia global mais abrangente do que o previsto, pedindo estímulos a todos os governos.
No seu primeiro discurso como diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economista búlgara afirmou que já é visível o arrefecimento económico e que este poderá ser ainda maior do que o previsto: “em 2019, esperamos um crescimento mais lento em quase 90% do mundo, a economia global está agora numa desaceleração sincronizada — isto significa que o crescimento este ano vai cair para o nível mais baixo desde o início da década”.
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“A incerteza — conduzida pelo comércio [internacional], mas também pelo Brexit e por tensões geopolíticas — estão a suster o potencial económico. Nos EUA e na Alemanha, o desemprego está em níveis historicamente baixos, mas em várias economias avançadas, incluindo os EUA, Japão e, especialmente, a zona Euro, há uma atividade económica mais lenta”, exemplificou a economista.
Para evitar males maiores, a líder do FMI pede que os governos mudem de atitude e comecem a trabalhar em conjunto: “enquanto a necessidade de cooperação internacional está a subir, a vontade para se envolverem está a baixar”, afirmou Georgieva, pedindo assim aos governos que dê respostas “coordenadas” para resolver o problema.