A apresentadora do programa Vamos Jogar, Sara Santos, perdeu o bebé aos oito meses de gravidez, há dois anos e recordou um dos piores períodos da sua vida, esta quarta-feira, no programa de Cristina Ferreira.
A mulher de 36 anos começou por recordar o momento em que soube que estava grávida."Foi a melhor notícia que tive", confessou. Apesar de estar tudo a correr bem durante a gestação, às 30 semanas, a apresentadora começou a "sentir uma ligeiras contrações" e decidiu ligar ao seu médico para saber o que deveria fazer.
O especialista disse-lhe para se dirigir ao hospital mais próximo, algo que a apresentadora cumpriu, nunca esperando o que a esperava. "Entrei nas urgências, mediram-me a tensão, verificaram que já estava com a tensão muito elevada, ligaram-me logo ao CTG e acusou ao final de 4-5 minutos um sofrimento fetal. A enfermeira mandou logo chamar o médico de emergência". Segundo a apresentadora, "o batimento da menina ia caindo e à medida que ia caindo, a enfermeira chamava o médico" mas este negou-se a agir.
"Após as enfermeiras insistirem [para ser transferida para outra unidade de saúde], mesmo depois de o médico ter dito que não, quando chegou aquela altura ele disse: 'agora já não há tempo, mandem-na já para o bloco", continua. Sara Santos diz que apesar de "assustada" também estava "contente" ao ir para o bloco operatório. "Apesar de tudo eu ainda ouvia o coração dela e enquanto ouvia o coração tranquilizava-me", confessa.
"Fizeram-me cesariana e eu pergunto à anestesista: 'a minha filha não resistiu? Não ouço nenhum bebé a chorar'. Ela disse-me: 'eu não posso dizer nada, os médicos já falam consigo'. Mas ninguém falou comigo", acrescenta. "Quando vejo o meu marido a vir na minha direção a chorar foi a confirmação, já sabia", lembra.
A apresentadora acusa o médico de nunca ter falado consigo. "Esse médico roubou-me metade da minha vida. Se não fosse pelo meu filho eu já não estava cá", desabafa. Sara Santos confessa ainda que a perda ainda a afeta bastante. "Um filho não substitui o outro. Ela neste momento estava a andar", disse, contando que ainda não teve coragem para desmanchar o quarto da menina e continua a comprar roupa de bebé. "Sinto-me confortável com isso. Onde quer que ela esteja, quero que ela veja que eu mantenho as coisas dela", explica.