Duas pessoas morreram numa tentativa de atentado a uma sinagoga, em Halle, cidade na Alemanha, no último dia do Yom Kippur, feriado judaico. A polícia alemã já deteve um suspeito, mas pediu para que as pessoas estejam alerta.
Os detalhes ainda não foram apurados e a situação está confusa. A polícia confirmou que uma das vítimas foi baleada com uma espingarda num restaurante de kebabs. A outra vítima, uma mulher, foi morta na Rua Humboldt, perto de um cemitério judeu – para onde foi lançada uma granada, diz o Bild. Um dos suspeitos utilizou uniforme de combate, de espécie militar, e um capacete, de acordo com os vídeos e fotografias partilhados por testemunhas com o jornal alemão – tendo, de seguida, fugido numa viatura.
Segundo Max Privorozki, líder da comunidade judaica em Halle, as medidas de segurança à entrada “contiveram o ataque” à sinagoga, onde estavam judeus de todo o mundo a comemorar o dia mais importante do judaísmo: cerca de 80 pessoas estavam dentro do edifício.
Depois de terem detido um dos suspeitos, as autoridades pediram para as pessoas evitarem sair dos seus lares e para estarem “vigilantes” e afastadas das janelas, disse no Twitter. Ao mesmo tempo, pediram contenção nas especulações e anunciaram que as investigações já passaram para os procuradores federais.
Além dos tiros em Halle houve também um tiroteio em Landsberg, uma vila a 15 quilómetros de distância da cidade.
O incidente já mereceu a atenção do Governo federal. O porta-voz do Executivo, Steffen Seibert, mostrou-se horrorizado com a situação e disse esperar que “a polícia seja capaz de deter o autor ou os autores do crime o mais rápido possível” para que “mais ninguém esteja em perigo”. Já Angela Merkel, chanceler alemã, classificou o ataque como um atentado.
As autoridades vão reforçar as medidas de segurança perto das sinagogas em Halle, Leipzig e Dresden, segundo a Deutsche Welle. Em Leipzig estão planeadas comemorações para celebrar o 30.o aniversário das marchas que levaram à queda do Muro de Berlim.