A Caixa Geral de Depósitos (CGD) aumentou, em média, 73% os custos para os clientes. Segundo o Jornal de Notícias, este aumento diz respeito ao período que coincide com a tomada de posse de Paulo Macedo como presidente do banco público, há três anos.
O jornal usou dados da DECO e, considerando as atualizações previstas para janeiro de 2020 e todos os aumentos realizados, chegou à conclusão que houve um agravamento de 133,80 euros em taxas e comissões.
Segundo o JN, em três anos, a CGD agravou em 60% as transferências interbancárias feitas através da Internet. Isto apesar de ter reduzido o número de balcões físicos e chegar a 2020 com menos 100 espaços do que em 2017.
Além disso, as transferências feitas ao balcão tiveram um aumento de 9%,passando a custar 6,24 euros. E as transferências feitas por MBWay vão passar a custar, a partir do próximo ano, 88 cêntimos por operação.
A CGD explica que este aumentos são atenuados com a existência de contas pacote. "A informação que o Jornal de Notícias coloca na manchete da sua edição de domingo, dia 13 de outubro, é parcial, pouco transparente e com falta de rigor. Tal até poderia ser considerado, se a CGD não tivesse em 2017 colocado ao dispor dos seus clientes soluções de poupança muito significativas às quais milhões de clientes aderiram", refere o banco público, em comunicado.
"A afirmação poderia simular-se de verosímil comparando evoluções do preçário, mas essa informação parcial e com falta manifesta de rigor, não corresponde à oferta da CGD", acrescenta o banco, explicando que "alterou de forma radical a forma como fornece serviços aos seus clientes, criando com grande sucesso contas pacote, que agregam os serviços mais utilizados pelos seus clientes. As contas S, M, L e Azul, são hoje a opção de mais de 1,7 milhões de clientes. Estas contas oferecem poupanças muito significativas face à compra de cada serviço individualmente".