O governo publicou um despacho em Diário da República, na passada sexta-feira, que altera a licença da ValorMed – empresa responsável pela gestão dos resíduos de medicamentos. Até agora, os resíduos de embalagens de medicamentos podiam ser recolhidos apenas nas farmácias comunitárias, mas o documento alterou as condições de recolha e as parafarmácias passam também a ter essa licença.
A alteração para recolha das embalagens em "locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica" teve o parecer favorável da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Direção-Geral das Atividades Económicas.
O despacho da tutela surgiu dias antes de a associação ambientalista Zero ter analisado o relatório do sistema Integrado de Resíduos de Embalagens e Medicamentos, disponibilizado pela ValorMed, relativo ao ano de 2018. Segundo a Zero, no ano passado a taxa de recolha fixou-se nos 13%, "abaixo da meta de 20% até 2020, estabelecida na licença atribuída a esta entidade pela Agência Portuguesa do Ambiente", referiu a associação ambientalista.