Os institutos portugueses de oncologia (IPO), tanto em Lisboa como no Porto, já podem utilizar a técnica que foi premiada com o Nobel da Medicina no ano passado. Segundo o Expresso, cinco doentes portugueses estão a ser tratados com esta terapia inovadora.
Criada no Brasil, esta terapia já eliminou um cancro alegadamente incurável em apenas 20 dias. E em Portugal parece também estar a resultar: um doente com um linfoma terminal, que está a ser tratado no IPO do Porto, mostra não ter sinais da doença há quase 3 meses.
O tratamento usa o sistema imunitário do próprio doente para destruir as células cancerígenas e é aplicado apenas num tumor líquido muito específico — linfomas em adultos e leucemias até aos 25 anos.
Ao todo, cinco portugueses estão a ser tratados com esta terapia atualmente, segundo a mesma fonte. Dois no Porto mostram não ter sinais da doença e outros dois estão à espera que o fármaco seja produzido, de acordo com o Serviço de Hematologia do IPO-Porto. Também na capital existe uma pessoa a aguardar e duas pessoas que ainda não sabem se poderão ser submetidas ao procedimento devido aos critérios prévios.
Os resultados do tratamento mostram que o cancro diminui em 80% dos doentes até um mês depois do tratamento e em 40% dos casos há uma eliminição total da doença.
Apesar de todo o avanço da terapia, Nuno Miranda, oncologista do IPO-Lisboa afirma que no espaço de um ano os sintomas podem voltar a aparecer, o que é um dos motivos que faz o especialista considerar o tratamento precoce. Para sustentar a sua resposta, o oncologista sublinha que o primeiro tratamento aplicado no Porto não resultou e a doente acabou por morrer.