A história foi tornada pública pela Moving Animals, associação internacional que luta pelos direitos dos animais. No passado dia 16 de outubro, Kanakota, um elefante asiático de 18 anos, terá falecido de exaustão, após várias viagens a transportar turistas sob as elevadíssimas temperaturas do Sri Lanca.
"Descansa em paz, Kanakota. Nenhum animal devia sofrer para entretenimento de turistas", escreveu aquele organismo nas redes sociais esta sexta-feira, garantindo ainda que tudo iria fazer para que a "história trágica" de Kanakota seja divulgada pela imprensa internacional, de modo a evidenciar o que consideram ser um comportamento abusivo para com estes animais: "Até que os turistas se recusem a andar de elefante, mais destes gigantes gentis vão continuar a sofrer e a colapsar de exaustão".
De acordo com o jornal britânico "Metro", o elefante macho tinha passado várias horas a transportar turistas, que por cerca de 30 euros podem fazer a viagem no dorso do animal no trilho de Sigiriya, que leva a uma antiga fortaleza e cujo trajeto demora uma hora. Antes de iniciar a quarta viagem, Kanakota recusou-se a andar, colapsando pouco depois de as pessoas terem descido.
"Foi iniciada uma investigação sobre a morte de Kanakota, mas o verdadeiro problema está nas leis de direitos dos animais do Sri Lanca, que não são atualizadas desde 1907. Como é um destino turístico popular, as leis são completamente inadequadas para lidar com os desafios atuais — uma pessoa considerada culpada de crueldade animal recebe uma multa de apenas 100 rúpias [cerca de… 50 cêntimos]", denuncia ainda a Moving Animals.