Celebra-se esta segunda-feira o Dia da Igualdade Salarial, mas a verdade é que esta ainda não é uma realidade em Portugal – a partir da próxima quinta-feira, as mulheres portuguesas estarão a trabalhar de graça.
Confuso? Nós explicamos. Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelados em março mostram que os homens continuam a receber ordenados mais altos que as mulheres – a diferença é de quase 20%. Ora isto faz com que as mulheres ganhem cerca de menos de 150 euros por mês e menos de 2.100 euros por ano. Assim, "a disparidade salarial em Portugal corresponde a uma perda de 54 dias de trabalho remunerado para as mulheres", segundo os dados revelados pelo Governo.
Fazendo as contas, isto significa que as mulheres estão, em teoria, a trabalhar ‘de borla’ a partir do 311º dia do ano. Em 2019, esse dia calha a 7 de novembro, a próxima quinta-feira.
Apesar destes números, Portugal é um dos países com mais medidas para garantir a igualdade salarial entre homens e mulheres. A lei da igualdade remuneratória, por exemplo, entrou em vigor em fevereiro, com o objetivo de "promover um combate eficaz às desigualdades remuneratórias entre homens e mulheres".
De acordo com os dados revelados pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género, Portugal está no 16º lugar da lista dos 28 países da União Europeia no que diz respeito a este tema – esta posição representa uma subida de sete lugares em relação a 2005.