Centenas de manifestantes cercaram, esta segunda-feira, a sede do Congresso em Santiago do Chile, de forma a mostrar o seu desagrado perante a reforma das pensões e outras medidas anunciadas pelo Presidente, Sebastian Piñera, para tentar conter a crise política e social.
A manifestação reuniu cerca de 70 organizações sindicais e sociais que exigiram em uníssono uma reforma do sistema de pensões que acabe com as empresas privadas que administram fundos de pensões, as chamadas AFP, ou ainda habitação digna e uma reforma tributária.
Esta manhã começou a ser discutido o projeto de aumento das pensões, umas das medidas propostas pelo Presidente.
Mauricio Gutiérrez, dirigente sindical, defendeu que esta proposta de lei deveria ser “imediatamente congelada”, já que o sistema ficará ainda mais “sobrecarregado e fracassado” do que já está. “ O presidente devia sentar-se a conversar com as organizações sociais sociais, não com os políticos, porque quem se organizou foram os cidadãos”, acrescentam citado pela agência noticiosa EFE.
A onda de manifestações começou no dia 17 de outubro devido ao aumento do preço dos bilhetes de metro em Santiago, na capital, em cerca de 800 e 830 pesos (1,04€). A medida já foi suspensa, mas as manifestações continuaram, provocando a morte de 20 pessoas e mais de seis mil detidos.