O aluno que agrediu uma colega na Escola Secundária de Campo Maior, na terça-feira, foi suspenso durante dez dias e alvo de um processo disciplinar. Segundo o Ministério da Educação, esta suspensão foi aplicada “de imediato”.
Apesar de o quadro clínico da aluna já estar “estabilizado”, a rapariga de 16 anos continua internada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, depois de ter sido transferida do serviço de Urgência do Hospital José Maria Grande, em Portalegre, devido a “traumatismos maxilofaciais”.
A coordenadora da União de Sindicatos do Norte Alentejano (USNA), Helena Neves, alertou para o facto de o número de funcionários ser insuficiente. A escola em questão tem 17 funcionários e cerca de 800 alunos. "Do nosso ponto de vista, o rácio é incorreto, um funcionário para 50 alunos é claramente insuficiente, tendo em conta o aumento destes fenómenos de violência. Em segundo lugar, o rácio, estando a ser cumprido, mesmo assim, ainda torna a situação pior, porque estes trabalhadores estão distribuídos e não estão entregues à função da vigilância", acrescenta a coordenadora, citada pela agência Lusa.
Helena Neves denunciou ainda que há, “desde junho, um processo aberto de recrutamento para a escola de Campo Maior". Tornar os processos de recutamento mais rápidos e alterar o número de funcionários presentes na escola é a solução que a coordenadora dá para o “círculo vicioso” de que as escolas são alvo e que se traduz na “intensificação do ritmo de trabalho, baixas, menos trabalhadores, mais trabalho”.
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