Luís Filipe Vieira é suspeito de ter beneficiado de fraude no caso BES, avançou esta quinta-feira a Sábado. De acordo com um despacho do procurador José Ranito, citado pela publicação, o Ministério Público acredita que o banco ajudou a empresa do presidente do SL Benfica, a imobiliária Inland, através de uma entidade sediada na Suíça chamada Eurofin, a “mascarar as contas do banco”.
Em resposta sobre as alegadas relações entre a empresa e "um conjunto de veículos Eurofin", Luís Filipe Vieira disse não ter conhecimento do caso e sublinhou que nunca foi ouvido como testemunha ou arguido no caso BES.
Recorde-se que no final de 2017, o presidente do Benfica e o Novo Banco fecharam um acordo com o intuito de restruturar parte da dívida das empresas de Vieira, no valor de 400 milhões de euros. As negociações aconteceram durante um ano e meio, sendo que o presidente do SL Benfica era, então, um dos maiores devedores do BES.
De acordo com várias publicações feitas na altura, uma parte dessa dívida terá sido incluída num fundo de reestruturação gerido pela Capital Criativo, a empresa do vice-presidente do Benfica, Nuno Gaioso Ribeiro que tem Tiago Vieira, filho de Luís Vieiria, como acionista.
Apesar de Luís Filipe viera não pertencer formalmente à empresa, o Ministério Público apreendeu e-mails nas instalações do BES que mostram que o presidente do Benfica teria um papel ativo nos negócios desta empresa.