Jovem de 17 anos mata mãe e guarda o corpo no armário

Mina já tinha desabafado com alguns amigos sobre o filho e sobre estar preocupada sobre o seu comportamento. “Quero pôr um trinco na porta do meu quarto. O menino está muito estranho”, disse a um amigo há alguns meses.

Um jovem de 17 anos foi detido, esta segunda-feira, suspeito de ter matado a mãe e tê-la escondido armário durante dois dias, no município de Foz, na Galiza. A mulher brasileira de 36 anos, conhecida por Mina entre os amigos, vivia em Espanha há 14 anos, com o filho.

Mina já tinha desabafado com alguns amigos sobre o filho e sobre estar preocupada sobre o seu comportamento. “Quero pôr um trinco na porta do meu quarto. O menino está muito estranho”, disse a um amigo há alguns meses, citando o El País. 

Segundo as amigas mais próximas da vítima, o filho de Mina era um jovem “retraído, calado e pacato” e apesar de mostrar respeito pelas amigas da mãe, a sua relação com Mina não era boa. O jovem, cuja identidade não foi revelada pelas autoridades espanholas devido à sua idade, “não tinha amigos” e “estava sempre sozinho”, relatam as amigas de Mina, o que tornou a relação entre os dois "tóxica". Alguns amigos chegaram a ver marcas de agressões no corpo da mulher e outros chegaram mesmo a assistir a discussões entre os dois.

No sábado à tarde, no dia em que alegadamente terá ocorrido o homicídio, o jovem foi aos serviços de urgência fazer um curativo devido a cortes profundos apresentados na mão. Apenas na segunda-feira de manhã, quando uma amiga de Mina se dirigiu ao seu prédio para a ver é que o caso foi descoberto. Depois de ter batido à porta várias vezes e ninguém responder, a mulher reparou em duas gotas de sangue à porta do apartamento e decidiu chamar as autoridades que acabaram por encontrar o corpo de Mina dentro de uma mala, fechado no armário.

O Tribunal de Menores da província de Lungo decidiu que o jovem iria ficar em regime fechado numa instituição. Duas amigas de Mina estão a reunir doações de amigos de Espanha e Brasil para ajudar a pagar a trasladação do corpo da mulher para o seu país. "Ela sonhava em dar um bom futuro ao filho. Economizava. Tinha comprado um terreno no Brasil para fazer uma casinha e ficar perto dos seus pais e irmãs. É justo que Mina volte para a sua família", declaram.