O grupo hoteleiro Vila Galé cancelou a construção de um resort no sul da Bahia, depois da tribo indígena brasileira Tupinambá de Olivença ter reclamado a área que estava destinada ao alojamento turístico. Em comunicado, citado pelo jornal Expresso, o grupo hoteleiro português afirma que não quer que a obra nasça em “clima de ‘guerra’” de que são “exemplo as ameaças proferidas na Embaixada de Portugal em Brasília e algumas declarações falsas, dramáticas e catastróficas que deveriam envergonhar quem as profere”.
A notícia foi avançada pelo site de jornalismo de investigação The Intercept, no final de outubro. A rede hoteleira terá solicitado o encerramento do processo de demarcação de terras indígenas localizadas nos municípios de Una e Ilhéus, a sul do estado da Bahia.
A área em causa corresponde a 470 quilómetros quadrados e é reclamada pelo povo indígena, que luta pelas demarcação oficial das terras há, pelo menos, 15 anos.
O investimento era superior a 200 milhões de reais, cerca de 45 milhões de euros, e a construção iria criar 500 postos de trabalho diretos e 1500 indiretos.