Há dez anos existiam 13637 caixas automáticas em Portugal, enquanto atualmente existem apenas 11569.
Estes são apenas alguns dos dados do relatório do Banco de Portugal (BdP), que analisa a evolução do setor bancário em 18 anos. Pelo meio ficou 2010, um ano recorde para os ‘multibancos’ (nome da rede mais conhecida), onde era possível levantar dinheiro e fazer outras operações 24 horas por dia em 14614 pontos espalhados pelo país.
Mas se as caixas automáticas sofreram uma queda, o mesmo não acontece com o número de terminais de pagamento automáticos, outra das variantes analisadas pelos economistas do BdP, que em 2018 eram já mais 40 mil do que aqueles que existiam em 2010.
Um dado curioso acerca dos terminais de pagamento é o de o número recorde em 2010 ter descido nos três anos seguintes, facto justificado pelos economistas pelos "efeitos da crise”.
Certo é que, segundo o relatório, o número de caixas automáticas e o número de terminais estão – como aliás já estavam – acima da média europeia.
O número de cheques emitidos é outro dos agregadores que melhor espelha a diferença de comportamento em relação às nossas contas. Em 2011, foram emitidos 326,9 mil milhões de cheques, uma diferença abissal para os 88,7 mil milhões, que foram passados no ano passado.
Os dados divulgados, esta terça-feira, pelo Banco de Portugal, constituem as séries longas do setor bancário português 1990-2018, que a partir de agora serão atualizadas anualmente.
Do extenso documento constam, além de quantas caixas automáticas e de terminais de pagamento que existiam em cada ano, as agências bancárias por região, os montantes no total de transferências, o número de funcionários de cada banco, etc.