Portugal é uma sociedade cashless mas notas e moedas não vão desaparecer

População envelhecida não permitirá ao país tornar as transações 100% eletrónicas.

Portugal “já é uma sociedade cashless, embora vá haver sempre um resíduo de transações em numerário". As palavras são de Filomena Oliveira, economista e ex-vice-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e surgiram em jeito de conclusão na conferência Portugal Financial Fórum, que se realizou, ontem, no campus da Nova SBE, em Lisboa.

Apesar da tendência, que visa reduzir, ou mesmo acabar, com pagamentos em numerário ou cheque, o retrato demográfico em Portugal, com uma das populações mais envelhecidas da Europa, não permitirá ao país “abraçar” a 100% as operações de transação de forma eletrónica. Outro facto prende-se com um número ainda relevante do número de portugueses que não possui qualquer conta bancária, o que implica, necessariamente, a utilização quotidiana de moedas e notas.

Neste momento, já existem secções de tesouraria do Estado apenas eletrónicas e ao nível da dívida institucional os pagamentos já se fazem, de forma exclusiva, através de métodos electrónicos.