Cerca de 50 professores do ensino especial realizaram, esta segunda-feira, um protesto junto ao externato Alfred Binet, em Lisboa, para exigir os salários em atraso desde julho.
O secretário-geral da Fenprof (Federação Nacional de Professores) marcou dois dias de greve para os professores de ensino especial, categoria onde os professores de quatro colégios dizem não receber qualquer salário desde o início do ano letivo. “Estes colégios são financiados pelo Estado por acolherem crianças e jovens que não têm condições para frequentar as escolas públicas dado o grau e complexidade dos seus problemas em termos de deficiência, e em que o Estado teria de transferir a verba para o funcionamento regular destes estabelecimentos", disse Mário Nogueira, acrescentando que a última transferência do Governo terá sido feita no mês de julho.
Mário Nogueira referiu ainda que o Ministério da Educação terá enviado para o Tribunal de contas, na semana passada, os documentos para que as transferências de verbas sejam autorizadas. O dirigente acrescenta, porém, que “não se pode enviar para o tribunal em meados de novembro algo que devia ter tido esse visto no mês de agosto”.
Citada pela agência Lusa, Maria Guimarães, docente do colégio Eduardo Claparéde, terá dito que “caso os problemas não se resolvam” as greves vão continuar. Os salário em atraso deverão, segundo a Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo, ser pagos esta semana.
À Lusa, o Ministério da Educação referiu que “dos contratos existentes com os colégios, os pagamentos relativos a contratos sem necessidade de visto prévio do Tribunal de Contas (TdC) foram efetuados".
Neste greve terão estado presentes professores do Externato Alfred Biret, colégio Bola de Neve, colégio As Descobertas e colégio Eduardo Claparéde.