Com mais de uma hora de atraso, Greta Thunberg é esperada por dezenas de pessoas na doca de Santo Amaro, em Lisboa. O som dos tambores é cada vez mais alto e são muitos os que batem o pé ao ritmo do grupo de ambientalistas – e para se distraírem do frio também. “A voz da Gretha é a nossa voz”, cantam.
A jovem sueca está a bordo do veleiro “La Vagabonde” desde o dia 13 de novembro e, depois de chegar a Lisboa, segue de comboio até Madrid para participar na COP de Madrid.
Na doca de Santo Amaro, os jovens multiplicam-se, mas esta “não é uma causa para miúdos, é para todos, porque o ambiente é de todos”, diz Maria, que tem participado em todas as manifestações climáticas na capital.
Os mais velhos vêm, sobretudo, “para ver o que isto é”, garante Teresa Maurício. “Acho que, na verdade, as pessoas estão-se nas tintas, porque vejo todos os dias pessoas a deitar lixo para o chão, por exemplo”, continua a mulher que veio com a filha, de 40 anos. E acrescenta: “ já vi muita coisa e acho que é um começo que tem de começar com os mais novos, nós já fizemos muita coisa mal”.