PISA 2018. Raparigas leem melhor que os rapazes

Rapazes são melhores na matemática e nas ciências

O PISA (Programme for International Student Assessment), além de outros critérios, faz uma distinção por género entre os resultados apresentados nos três domínios avaliados, da literatura, matemática e ciências. As raparigas leem melhor, os rapazes são mais eficientes a matemática e a ciências.

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Segundo o estudo, divulgado esta terça-feira, as alunas portuguesas apresentam uma classificação média de 504 pontos ao nível da literacia, enquanto os rapazes se ficam pelos 480 pontos. Esta é, de resto, uma tendência acompanhada na grande generalidade dos restantes 78 países/regiões participantes, uma vez que, em média, as alunas conseguem mais 30 pontos na leitura do que os rapazes. Esta diferença entre raparigas e rapazes ao nível da literacia tem vindo a diminuir ao longo das participações de Portugal no PISA (que começaram em 2000).

Por outro lado, os rapazes ‘vingam-se’ das raparigas ao nível da matemática e das ciências. Quando a matéria são os números, eles alcançam uma pontuação média de 497 pontos, enquanto elas apresentam 488. Também nesta disciplina, a tendência nos resultados portugueses é semelhante na dos restantes países, ou seja o desempenho dos rapazes é melhor do que o das raparigas a matemática, contudo aqui a diferença de médias pontuais é de apenas cinco pontos.

O mesmo acontece com as ciências, os rapazes têm melhor pontuação média do que as raparigas, contando com 494 pontos – elas têm 489 – no entanto esta tendência não se verifica na restante OCDE, onde os resultados entre os dois géneros são muito semelhantes.

Por sua vez, ao nível da distinção dos resultados apresentados entre o ensino público e privado de português nota-se que estes foram muito semelhantes tanto na literacia como nas ciências.