A organização da Capital do Natal, que decorre até 12 de janeiro no Passeio Marítimo de Algés, vai apresentar na próxima semana uma queixa-crime contra todos os promotores turísticos que “adulteraram a oferta do parque induzindo em erro e defraudando um conjunto alargado de pessoas, prejudicando a Capital do Natal, seu bom nome e imagem, adotando igual procedimento criminal contra todos aqueles que fomentaram ou se aproveitaram de tal atuação ilícita”, lê-se no comunicado.
O comunicado, enviado às redações pela organização, sublinha que a “promoção de notícias e de material publicitário” e a “compra de espaço publicitário”, maioritariamente em Espanha, contrariou “a informação oficialmente divulgada”.
Para os organizadores terá sido esta informação a criar “a falsa expectativa de que a Capital do Natal dispunha, entre outros equipamentos, de pistas de ski e, por outro lado, a projeção dessa deturpação que foi levada a cabo em Portugal por outras entidades, inclusive em proveito próprio”.
A Capital do Natal faz ainda questão de dizer que lamenta a situação, que gerou uma onda de críticas, e salienta que “é totalmente alheia” às falsas expectativas.
A organização mostra-se assim disposta a “levar até às últimas consequências a identificação dos responsáveis por este crime e disponibilizará aos impactados por esta publicidade enganosa toda a informação que lhe seja solicitada”.
Sublinhe-se que a Capital do Natal tem sido alvo de polémica desde que surgiram as críticas públicas, maioritariamente de turistas espanhóis. Filas demasiado longas, preços altos e animais em más condições, foram os pontos mais atacados.
Logo após o fim de semana de abertura, a União de Consumidores da região espanhola da Extremadura recebeu mais de 100 queixas, que destacam também as enormes diferentes entre as imagens de promoção do evento e aquilo que encontraram na realidade.
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