Caixa vai arrendar parte do edifício sede

Banco quer rentabilizar espaços que estão atualmente vagos: as zonas do rés-do-chão e do segundo andar que têm entradas independentes.

A Caixa Geral de Depósitos está a pensar arrendar alguns dos espaços livres do edifício sede, em Lisboa, a outras empresas. Ao que o SOL apurou, a ideia é rentabilizar o rés-do-chão e o segundo andares, que atualmente estão desocupados e contam com entradas independentes. O SOL tentou obter uma reação do banco público, mas não foi possível até ao fecho da edição.

Esta é uma das estratégias do banco liderado por Paulo Macedo para levar a bom porto a estratégia de continuar a melhorar os resultados da Caixa, depois de ter sido alvo de uma forte recapitalização. Aliás, os resultados estão à vista. Só nos primeiros nove meses do ano, a instituição financeira lucrou 640,9 milhões de euros, um aumento de 74% face a igual período do ano passado. Na base deste resultado esteve a alienação dos bancos em Espanha e na África do Sul, dois negócios que permitiram um encaixe de quase 160 milhões de euros.

Ainda em curso estão as alienações das operações em Cabo Verde e no Brasil.

Para este último, o prazo limite para a entrega das propostas é o dia 16 de dezembro com vista à «manutenção do ambiente competitivo no processo», segundo um despacho do Ministério das Finanças. Já em setembro tinha sido publicado em decreto-lei a venda da operação em Cabo Verde, estando a CGD «em contacto com o Ministério das Finanças para iniciar os contactos com investidores» e prevendo «ter ofertas indicativas para o primeiro trimestre de 2020», segundo Paulo Macedo.

No mês passado, o banco público regressou ao mercado, pela primeira vez desde que concluiu o processo de recapitalização, para emitir 500 milhões de euros de dívida sénior a cinco anos.

Uma medida inserida no âmbito do plano de emissões que terá de cumprir até 2022. A taxa de juro final foi fixada em 1,275%, valor que resulta da soma de um prémio de 150 pontos base à taxa de juro de mercado a cinco anos e a procura foi mais de sete vezes superior à oferta disponível, alcançando os 3.500 milhões de euros.

O Reino Unido (28%), França (16%), Portugal (16%), Holanda (8%), Espanha (8%), e Itália (7%) foram os países que mais atraíram investidores com as gestoras de ativos a somarem mais de 70% do total da emissão.