O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) anunciou que o Ministério Público acusou oito arguidos portugueses por recrutamento, adesão, apoio e financiamento ao Daesh. A nota publicada pelo DCIAP refere que o MP estava a investigar, desde 2013, um grupo de portugueses que se converteram ao islamismo e se radicalizaram.
Dois dos arguidos foram encontrados e interrogados em Portugal este ano e um deles já está em prisão preventiva na cadeia de Monsanto. O paradeiro dos restantes não é conhecido, “havendo apenas a informação que um deles se encontra preso na Síria", segundo a nota.
O processo foi instaurado após as autoridades britânicas terem informado Portugal de que havia cidadãos portugueses envolvidos nos raptos de dois jornalistas, ocorridos na Síria em 2012.
Segundo o DCIAP, foi possível, durante seis anos “descrever e reconstruir, do ponto de vista criminal, mas também histórico e sociológico, a radicalização organizada desse grupo de cidadãos portugueses e a sua deslocalização para a Síria, com as suas mulheres e filhos, para integrarem as fileiras do Estado Islâmico e cumprirem a "jihad" (guerra santa)".