A Câmara dos Representantes deverá votar a impugnação do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, esta quarta-feira. Trump poderá ser apenas o terceiro chefe da Casa Branca a ser impugnado na câmara baixa norte-americana, caso a maioria dos congressistas vote nesse sentido. De seguida, o processo sobe para o Senado, onde há um julgamento, e arrasta-se para 2020. Para Trump ser removido do cargo, é necessário que dois terços dos senadores votem a favor da destituição (67). Algo improvável, dado que os republicanos têm maioria na câmara alta.
As posições de alguns congressistas democratas, principalmente de distritos favoráveis a Trump, eram uma incógnita até há poucos dias. Mas esta segunda e terça-feira vários congressistas desfizeram as dúvidas e anunciaram que pretendiam votar a favor da impugnação, o que reforça a posição do Partido Democrata e torna ainda mais provável a destituição de Trump na Câmara dos Representantes. Do lado do Partido Republicano, nenhum congressista disse publicamente que iria votar a favor do impeachment. Apenas Justin Mash, que saiu do partido este ano e é agora independente.
Segundo as sondagens da CNN, os norte-americanos encontram-se divididos em relação ao impeachment, muito em linha com as eleições de 2016. 46% acreditam que Trump deve ser impugnado, enquanto 49% não acham que o chefe da Casa Branca deva ser removido do cargo. Uma sondagem realizada em meados de novembro pela CNN mostrava que 50% dos eleitores apoiavam a remoção de Trump. Na verdade, é apenas entre eleitores democratas que se registou uma subida nas posições favoráveis à destituição de Trump: de 77% em novembro, para 90% este mês.