A EDP vendeu seis centrais hídricas em Portugal por um valor de 2,2 mil milhões de euros ao consórcio formado pela Engie (participação de 40%), Crédit Agricole Assurances (35%) e Mirova – Grupo Natixis (25%). O acordo foi anunciado esta quinta-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As centrais hídricas em processo de alienação totalizam 1.689 MW de capacidade instalada e localizam-se na bacia hidrográfica do rio Douro: três centrais em Miranda, Bemposta e Picote (com 1,2 GW de capacidade) e outras três no Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro (com 0,5 GW de capacidade). O valor da transacção acordado representa um enterprise value de 2210 milhões de euros, com o equity value sujeito a ajustamentos até à conclusão da operação.
Na nota à CMVM, a EDP sublinha que, pese a transação, “manterá a sua posição de liderança em Portugal, com uma capacidade de geração hídrica instalada de 5,1 GW e continuará a ser o segundo maior operador hídrico na Península Ibérica”. Segundo a empresa liderada por António Mexia, este negócio “tem como objetivo a optimização do portefólio, reduzindo a exposição à volatilidade hídrica e de preço de mercado, reforçando o perfil de baixo risco do negócio e o nível de endividamento”.
Prevê-se que esta transação contribua “de forma decisiva para a execução do Plano Estratégico 2019-2022” da energética nacional, apresentado em março deste ano.