Uma mulher de 47 anos morreu, esta sexta-feira, depois de esperar seis horas por uma ambulância. Donna Gilby esteve deitada num passeio, sem se conseguir mexer, depois de ter partido o pé, perto da sua casa, na vila de Cwmaman, no sul do País de Gales.
Os vizinhos e familiares que estavam no local cobriram-na com casacos e cobertores, de modo a que esta se mantivesse quente, até à ambulância chegar. A vítima acabou por ser levada pelo serviço de emergência, depois de seis horas de espera e acabou por morrer já no hospital, com uma paragem cardíaca.
O serviço de ambulância galês abriu uma investigação para averiguar o porquê da demora. Segundo um porta-voz do serviço, tem ocorrido um aumento do número de chamadas "vermelhas" – de alta prioridade – no país, o que provoca atrasos na chegada das ambulâncias aos locais, segundo o The Guardian.
"O responsável pela chamada disse que estavam com um grande fluxo de chamadas e que a ambulância chegaria ao local o mais rápido possível. Quando ainda não havia sinal, uma hora depois, ligamos novamente. Desta vez, fomos informados de que eles estavam a fazer o melhor possível, mas que não sabiam quando iriam chegar ao local", explicou o pai da mulher, Gareth Gilby. "Ainda não acredito que ela se foi. Estou chocado. Temos uma menina de 11 anos aqui sem mãe. Não deveria ter acontecido", lamentou
O principal executivo do serviço de ambulância galês, Jason Killens, disse: “Ficamos profundamente tristes ao saber da morte de Gilby e gostaríamos de estender nossas sinceras condolências à sua família. Lamentamos que a nossa resposta tenha demorado mais do que gostaríamos nesta ocasião. O nosso serviço de ambulância existe para cuidar das pessoas, e a nossa equipa compartilha as mesmas perturbações e frustrações que os pacientes e seus entes queridos em momentos como esse".