As condições meteorológicas vão agravar-se a partir das 14h00 desta sexta-feira, sobretudo na região Centro, até às 20h00. De acordo com o último balanço da Proteção Civil, são esperados períodos de precipitação, por vezes forte, e vento moderado, com rajadas entre os 70 e os 80 km/h.
Segundo Pedro Nunes, comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a tarde de hoje ficará marcada por um "agravamento do estado do tempo" que "está relacionado com novos episódios de precipitação forte e persistente que vão durar todo o período da tarde", sendo expectável que comece “a estabilizar” a partir das 20h00.
De acordo com o responsável, entre as 15h00 de quarta-feira e as 12h00 de hoje, registaram-se cerca de sete mil ocorrências. O distrito do Porto foi o mais afetado, seguindo-se Aveiro, Coimbra, Viseu, Braga e Lisboa. O número de desalojados aumentou para 77.
A principal preocupação das autoridades prende-se com o nível dos caudais de vários rios que entre ontem e hoje galgaram as suas margens, sobretudo o rio Douro nas zonas da Régua e da Foz do Douro, no Porto e em Gaia.
Já no Rio Tâmega o nível da água diminuiu durante a manhã. Contudo, está previsto que a situação em Chaves e Amarante agrave devido à precipitação e aos caudais que chegam de Espanha.
A estas zonas junta-se agora o Tejo. O comandante da Proteção Civil adiantou que foi ativado o plano de cheias para a bacia do Tejo, "muito por conta dos caudais que estão a ser lançados na barragem de Cedilho, em Espanha e que vão afetar a bacia toda do Tejo".
“As informações que temos do IPMA é que no próximo domingo será o dia da mudança. Deixaremos de ter precipitação e este quadro de ventos que temos sofrido nos últimos dias", disse Pedro Nunes.
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