Ben-U-Ron. “Temos quantidade suficiente no mercado e em território nacional”, garante Infarmed

“Diria que, se calhar, em fevereiro seria o pior dos cenários, mas até para a empresa porque, do ponto de vista do consumidor nacional, há o medicamento em Portugal”, afirmou a coordenadora do Gabinete de Disponibilidade do Medicamento.

A coordenadora do Gabinete de Disponibilidade do Medicamento do Infarmed garantiu, este domingo, à agência Lusa, que há quatro medicamentos que podem substituir o Ben-U-Ron, medicamento que o Jornal de Notícias noticiou estar em rutura de stock.

A informação avançada pelo jornal de que há quatro medicamentos que podem substituir este medicamento, utilizado para combater a febre ou sintomas gripais em crianças, foi também confirmada.

Helena Ponte explicou à agência noticiosa que o Infarmed foi notificado pela empresa titular da autorização de introdução no mercado (AIM) do medicamento, Bene Farmacêutica, “com tempo suficiente” para garantir “o acesso a esse medicamento, o paracetamol em xarope 40 miligramas”.

A responsável afirmou que de forma a mitigar o impacto desta rutura, foi reforçada a disponibilidade de outras formas farmacêuticas, como comprimidos ou supositórios. O Infarmed garante, no entanto, que, tal como noticiado, há outros xaropes para o mesmo efeito.

Helena Ponte assegurou ainda que o país terá "disponível o mesmo medicamento para ser consumido nas mesmas quantidades médias nesta altura do ano".

Quanto à duração da rutura de stock, que a publicação apontou para estar resolvida no final de fevereiro, a responsável do Infarmed afirmou que há "uma previsibilidade dessa rutura que pode ser superior, pode ser inferior, tendo em conta que é uma questão de qualidade".

"Diria que, se calhar, em fevereiro seria o pior dos cenários, mas até para a empresa porque, do ponto de vista do consumidor nacional, há o medicamento em Portugal", disse, em declarações à agência Lusa. Para o Infarmed esta rutura foi de “impacto reduzido ou nulo”. "Neste momento, já temos quantidade suficiente no mercado e em território nacional superior àquela que, em princípio, será necessária para o tempo de rutura, além dos mecanismos já ativados para a sua produção nas quantidades que forem necessárias", explicou.