Ex-inspetor da PJ agradece a colegas que detiveram suspeitos da morte do filho

“Roubaram o que ele mais adorava que era a alegria de viver”

A Polícia Judiciária (PJ) deteve, esta segunda-feira, os suspeitos do homicídio de Pedro Fonseca, o jovem de 24 anos, que foi assassinado durante um assalto junto ao McDonald's do Jardim do Campo Grande, no dia 28 de dezembro.

O pai da vítima, um ex-inspetor da Polícia Judiciária, enviou um texto de agradecimento aos colegas da PJ que estão a trabalhar no caso e homenageou o filho.

“O Pedro era alto, boa presença, muito alegre, quase sempre com um sorriso que lhe brilhava nos dentes, tipo menino da mamã. Por onde passou, deixou um rasto de amizade. Dizia-me com orgulho que tinha amigos que lhe diziam gostar de sair com ele porque não era conflituoso, ajudava a solucionar conflitos, evitava aproximar-se de locais problemáticos", começa por escrever o pai, numa carta divulgada pela TVI24.

 "Foi este Pedro que estes insurrectos, que nunca se esforçaram nem o querem fazer, e que perturbam quem quer trabalhar desde os bancos da escola, nada levaram, mas roubaram o que ele mais adorava que era a alegria de viver, bastava olhar para as fotos dele", acrescentou.

O pai da vítima, que passou parte da carreira no Departamento de Aveiro e, nos últimos anos, na Diretoria de Lisboa na investigação de crimes de tráfico e viciação de automóveis furtados, termina desejando “sucesso” à investigação, não pelo seu filho, mas por outros que tal como ele podiam ser vítimas dos suspeitos.

"Os maiores sucessos à investigação, não por este Pedro, porque por mais buscas que façam não vão conseguir apreender o que lhe foi roubado – a vida-, mas sim para os outros Pedros, Anas, Josés ou Marias que não venham a ser vítimas", rematou.

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