Irão admite ter abatido avião ucraniano

Aeronave com 176 pessoas a bordo foi abatida por “mísseis lançados por engano”.

O Presidente do Irão afirmou, este sábado, que o país "lamentava profundamente" ter abatido um avião civil ucraniano, classificando o incidente de "uma grande tragédia e um erro imperdoável".

"O inquérito interno das forças armadas concluiu que lamentavelmente mísseis lançados por engano provocaram a queda do avião ucraniano e a morte de 176 inocentes", admitiu Hassan Rohani, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.

O Presidente garantiu ainda que "as investigações continuam para identificar e levar à justiça" os responsáveis. O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano também quis apresentar as desculpas em nome do país.

"Dia triste", escreveu Mohammmad Javad Zarif no Twitter. Um "erro humano em tempos de crise causada pelo aventureirismo norte-americano levaram ao desastre”, sublinhou.

Em comunicado, o Estado-maior das forças armadas do Irão prometeu que "o responsável" pela tragédia do Boeing ucraniano, abatido na quinta-feira nos arredores de Teerão, vai ser apresentado à justiça militar.

O avião seguia para Kiev com 167 passageiros e nove tripulantes de várias nacionalidades a bordo, incluindo 82 iranianos, 57 canadianos, 11 ucranianos, dez suecos, quatro afegãos, três alemães e três britânicos.

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