Uma mulher e o seu amante foram condenados, esta sexta-feira, pelo assassinato do ex-marido desta. Asta Juskauskiene foi casada com Giedruis Juskauskas durante vários anos. Em dezembro de 2018, o casal acabou por ser divorciar, no entanto continuavam a combinar estar juntos e a ter encontros sexuais. Asta acabou por conhecer Mantas Kvedaras, um jovem de 25 anos, através da internet, depois de este ter sido libertado da prisão na Lituânia.
Em junho de 2019, quando os homens descobriram um sobre o outro decidiram contestar a mulher e obrigá-la a tomar uma decisão: com qual deles quereria ficar. Sem saber o que fazer, Asta decidiu organizar uma luta entre os homens, num beco, na cidade de Stratford, onde o seu ex-marido, Giedruis Juskauskas, foi esfaqueado 35 vezes no corpo e pescoço e deixado no local a sangrar até à morte.
O julgamento de cinco semanas terminou, esta sexta-feira, e Asta foi acusada de organizar o homicídio do seu ex-marido e Mantas admitiu ter sido responsável pela morte de Giedruis. A sentença final sobre ambos os arguidos será proferida no próximo dia 7 de fevereiro.
Segundo o procurador Hugh Davies, Asta terá falado sobre o encontro dos amantes com a sua amiga Jurgita Sulciene, que testemunhou em tribunal. "O objetivo era que os homens resolvessem a discussão com violência, num duelo medieval", disse Davies, citado pela jornal The Telegraph. "De formas diferentes, cada um dos homens sentiu que tinha reivindicações sobre Asta Juskauskiene. A situação chegaria a este ponto, inevitavelmente".
"Giedrius Juskauskias e Mantas Kvedaras encontraram-se obviamente por acordo e não por acaso: nenhum deles estava perto de onde moravam e os registos telefónicos mostram que houve uma comunicação repetida entre eles durante o dia 16 de junho, enquanto viajavam de sítios diferentes para o local do encontro. Juskauskiene é uma figura manipuladora e controladora, determinante na orquestração destes eventos", afirmou Davies.
"Ela sabia de antemão que Mantas Kvederas pretendia usar violência e causar ferimentos graves a Giedrius. E ela incentivou, ajudou e teve intenção de o fazer", disse, em tribunal.