O Tribunal de Monsanto disponibilizou nas últimas horas um gabinete para que os jornalistas que estão a acompanhar a instrução do processo Tancos não tenham de trabalhar à chuva e sem acesso a qualquer casa de banho. Depois de ontem o caso ter sido noticiado por diversos meios de comunicação, hoje a presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa fez saber que a situação já fora ultrapassada.
Em resposta ás questões colocadas pelo SOL, a juíza Amélia Correia de Almeida fez saber que “foi disponibilizado um gabinete de trabalho, dentro do edifício, para os senhores jornalistas que se encontram em serviço no Tribunal de Monsanto”.
Adiantou ainda que “o referido gabinete encontra-se equipado com mesas e cadeiras e, bem assim, com fichas elétricas que permitem assegurar o carregamento de computadores e telemóveis, dispondo ainda de uma casa de banho adjacente”.
Ontem também o Sindicato dos Jornalistas pediu esclarecimentos ao Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, ao Ministério da Justiça e ao Supremo Tribunal de Justiça. Na denúncia feita pelo Sindicato dos Jornalistas (SJ) é referido que foram recebidas “queixas relacionadas com a inexistência de uma sala de trabalho apropriada, apetrechada com mesas e cadeiras pelo menos, e que se situe próxima do local onde decorrem as audiências e de uma casa de banho de fácil acesso, o que não acontece agora”.
“Os queixosos – jornalistas de 10 órgãos de informação – informaram o SJ de que estão a trabalhar numa paragem de autocarro (ver foto em anexo), ao relento, e sem fichas para carregar computador ou telemóvel, instrumentos essenciais para desempenharem o seu trabalho, crucial para assegurar o direito à informação de todos os cidadãos, previsto na Constituição da República Portuguesa”, referia ainda o email assinado pela direção do SJ.
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