Um casal que esteve junto durante 65 anos morreu, no início deste mês, com uma diferença de poucas horas, no lar onde ambos viviam. “Isto é do que os filmes são feitos”, afirmou Sue Wagener, uma sobrinha do casal. “Eles estavam realmente apaixonados”, acrescentou, à CNN.
Apesar de poder ser ‘material de filme’, este não é o primeiro casal que morre com poucas horas de diferença. Quando o segundo membro de um casal morre nestas condições, é muitas vezes diagnosticada síndrome do coração partido – situação desencadeada por situações de stress emocional ou físico, seja causada pela morte de uma pessoa, perda de emprego, ou término de uma relação.
O casal em questão conheceu-se em 1955, quando Jack tinha 21 anos e, seguindo as pisadas do pai, se tornou num motorista de autocarro. Harriet tinha 18 anos e, desde aí, os dois “estavam sempre de mãos dadas”, segundo conta a sobrinha. “Nunca os viam sem estarem agarrados ou sem ele ter o braço à volta dela”, acrescentou.
Depois de Harriet ter entrado para o lar, há cerca de um ano e meio, Jack não demorou a dar entrada também. Nos últimos meses, Harriet tinha desenvolvido demência, o que levava, segundo conta a sobrinha, a haver dias em que a esposa não se lembrava de Jack.
“Quando ela tinha um bom dia, elas [as enfermeiras] juntavam-nos. Eles tomavam o pequeno almoço juntos ou bebiam café e ficavam sentados de mãos dadas”. Antes de morrerem, as enfermeiras juntaram o casal, que dormia separado por quatro quartos.
Foi Jack Morisson que morreu primeiro e, no mesmo dia, 11 de janeiro, Harriet faleceu horas mais tarde.