Instituição inglesa utiliza realidade virtual para ajudar jovens com autismo

As 95 crianças em Prior’s Court têm vindo a experienciar, nas salas de aula, idas aos centros comerciais.

Uma instituição que trabalha com jovens com autismo, em Berkshire, no sul de Inglaterra, está a tentar utilizar a realidade virtual para ajudar as crianças com esta condição a habituarem-se a possíveis cenários que poderão encontrar fora de Prior's Court.

Os cenários virtuais apresentam às crianças, que nesta escola têm um elevado nível de autismo, situações como visitas a centros comerciais ou a entrada num avião, sem sair do conforto das salas de estar. O staff da escola espera ainda que possam existir cenários como ski virtual ou mergulho, para que os estudantes possam usufruir dessas experiências.

“Os nossos jovens têm dificuldades com questões sensoriais, então eles podem encontrar experiências esmagadoras quando vão a locais cheios de pessoas ou a locais novos”, explicou, à Reuters, Nuno Guerreiro, um professor da escola. “Eles gostam do que é familiar, do que é rotina. A realidade virtual permite-lhes experienciar novas realidades e ajudá-los, muito provavelmente, na transição quando eles têm que enfrentar um novo local”, continua o professor de informática.

A escola em questão – que ajuda 95 jovens com autismo, incluindo crianças que não falam e que estão impedidas de comunicar as suas necessidades – espera ainda desenvolver um programa chamado Prior Insight, que tem o objetivo de recolher mais informação sobre cada um destes alunos.

“Nós esperamos que não só ajude a aumentar o nosso conhecimento e tomada de consciência sobre o mundo destes jovens com autismo no Prior's Court, como também ajudar-nos a partilhar isso com o mundo do autismo em geral”, explicou a líder do projeto, Elaine Hudgell.