A filha de Ferreira de Castro, Elsa Ferreira de Castro, doou um importante acervo documental do escritor à Câmara Municipal de Sintra. Este novo material passará a fazer parte do espólio do Museu Ferreira de Castro.
“De entre o conjunto agora doado encontram-se os manuscritos de “A Selva” e de “A Lã e a Neve” – dois dos mais emblemáticos romances portugueses do século XX – textos manuscritos e dactilografados, um estudo original de Cândido Portinari para a edição ilustrada de “A Selva”, cerca de três centenas de cartas, entre duplicados do próprio Ferreira de Castro, correspondência com editores estrangeiros, e também cartas inéditas de Aquilino Ribeiro, Jorge Amado, Ramon Gómez de la Serna, Stefan Zweig, entre outros”, refere a autarquia.
O acervo vai agora ser tratado e inventariado, integrando, posteriormente, o espólio do museu.
Ferreira de Castro foi um dos escritores portugueses mais traduzidos. “A Selva”, o seu mais conhecido romance, foi publicado em diversos países, assim como outras obras como “Emigrantes”, “Eternidade”, “Terra Fria” (Prémio Ricardo Malheiros), “A Lã e a Neve”, “A Curva da Estrada”, “A Missão” ou “O Instinto Supremo”. Nasceu em Oliveira de Azeméis, mas escreveu grande parte da sua obra em Sintra. Os seus restos mortais foram sepultados na Serra de Sintra, numa vereda que conduz ao Castelo dos Mouros.