Um jovem de 16 anos morreu, esta terça-feira, depois de ter sido atacado por um animal misterioso numa praia em Santos, no litoral de São Paulo, Brasil. Alexandre esteve internado 34 dias, com os órgãos perfurados e uma hemorragia interna, acabando por não resistir aos ferimentos.
“Estávamos com a água na altura da cintura. Alexandre mergulhou e, segundos depois, levantou-se assustado”, contou Alani Paz Lima, prima de Alexandre, em declarações ao G1. “Quando olhei, vi um furo no abdómen. Ao sentir aquela dor, ele passou a ficar tonto e começou a cair na água. Eu segurei-o e gritei por ajuda”, disse.
Os nadadores salvadores conseguiram retirar o menor da água, no entanto, não conseguiram chegar a uma conclusão sobre que animal o tinha atacado. "Ninguém soube explicar o que aconteceu. A suspeita é que tenha sido uma raia, mas não há confirmação”, afirmou Alani.
A família de Alexandre decidiu chamar os serviços de urgência. Passados 40 minutos, o jovem ainda não tinha sido socorrido e acabou por ser um homem que estava na praia que se voluntariou para o levar ao hospital.
"Depois da realização de exames, o cirurgião só olhou o ferimento, deu uma apertada e deu alta. Não conseguíamos acreditar, porque ele estava cada vez pior, pálido e vomitando, com febre alta. O enfermeiro também nos disse acreditar que era ferimento de algum animal", disse a familiar.
Alexandre acabou por ser transferido para a Unidade de Pronto Atendimento, onde inicialmente não perceberam as consequências da mordida e voltaram a dar-lhe alta. “Foi um atendimento superficial. Na hora que ele iria tomar banho para ir embora, desmaiou, teve que voltar para o hospital”.
Os médicos acabaram por perceber que o jovem tinha o fígado perfurado, tal como o pâncreas e duas artérias. Os médicos tiveram que lhe fazer uma transfusão com dois litros de sangue, logo no momento, por causa da hemorragia interna.
"Ele era filho único, jovem, estudioso, com uma vida pela frente. A mãe dele não pode ter outro filho. Está muito abalada e desesperada. O pai está muito triste. É uma dor que não desejamos nem ao nosso pior inimigo. Queremos que o atendimento público tenha mais suporte, porque foi muito precário. Não queremos que apareçam outras vítimas deste tipo de incidente", conclui a prima.