China investiga caso de ‘supercontagiador’ do novo coronavírus

Um só doente infetou um médico e 15 enfermeiras no hospital.

As autoridades chinesas estão atualmente a analisar o caso de um doente em Wuhan, o epicentro do surto do 2019-nCoV, devido às suas características ‘supercontagiadoras’, depois de ter infetado 16 pessoas – um médico e 15 enfermeiras – num hospital daquela cidade.

O presidente da câmara de Wuhan, Zhou Xianwang, admitiu ao canal chinês CCTV que não tinham sido realizados testes para despiste do vírus naquela paciente quando chegou ao hospital. O paciente foi alvo de uma cirurgia e já estava no recobro quando começou a ter febre alta.

Segundo os especialistas, a existência de um ‘supercontagiador’ aponta para a facilidade de transmissão deste vírus.

A expressão ‘supercontagidor’, que se atribui aos que propagam o vírus em quantidades mais elevadas do que a maior parte das pessoas, ganhou relevância durante a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que começou na China e que matou 774 pessoas em todo o mundo entre 2002 e 2003.

Na altura, o médico Liu Jianlun, identificado como um dos ‘supercontagiadores’, foi considerado como um dos responsáveis pelo facto de a doença se ter tornado num problema global.

A atualização de dados mais recentes dos casos de 2019-nCoV dá conta de 132 vítimas mortais e de 6152 infetados.

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