Português não quer abandonar Wuhan: “Sinto-me seguro”

Rui Severino diz que não quer abandonar a cidade devido ao seu trabalho e ainda pelo receio de colocar alguém do país de destino em perigo, visto poder estar infetado.

Um homem que vive na cidade de Wuhan, o epicentro do novo coronavírus, diz não querer voltar a Portugal ou à Austrália e que se sente “seguro” na cidade chinesa, que está sob quarentena, em declarações à agência Lusa.

O luso-africano australiano Rui Severino vive em Wuhan há quatro anos e é treinador de cavalos de corrida. "Isto é um vírus, não é uma guerra", afirma. Severino diz que não quer abandonar a cidade devido ao seu trabalho e ainda pelo receio de colocar alguém do país de destino em perigo, visto poder estar infetado.

Rui Severino poderia ser retirado da cidade com a ajuda das autoridades portugueses ou australianas devido à sua dupla nacionalidade. Ambos os países estão a tentar retirar os cidadãos do seu país de Wuhan. 

O luso-australiano elogia ainda a reação das autoridades chinesas e da população perante o aparecimento do vírus. "Vejo que houve uma grande resposta da população e de toda a gente em Wuhan e na China: estão a obedecer e a apoiar as medidas tomadas pelo Governo, nomeadamente a restrição de movimento", disse."O centro de treinos é bem controlado, em termos sanitários, todos temos um controlo rigoroso diário, à entrada e à saída", acrescenta.

O novo coronavírus, conhecido por 2019-nCoV, já provocou a morte de, pelo menos, 132 pessoas e deixou milhares de cidadãos infetados. 

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