Quase cinco horas depois de ter descolado do aeroporto Madrid-Barajas, um avião da Air Canada continua a sobrevoar a capital espanhola. Apesar do problema no motor, que terá absorvido peças do trem de aterragem durante a descolagem, incluindo, a roda esquerda, o piloto garantiu que era possível aterrar em segurança. “Perdemos apenas uma [roda], pelo que não haverá problema em aterrar”, afirmou, enquanto avisava os passageiros de que o voo até Toronto, no Canadá, não se iria realizar, sem antes a aeronave voltar a aterrar em solo espanhol.
Ouvido pela rádio Cadena SER, o piloto Javier Moya, instrutor da empresa Aviation Group, explicou que os Boeing 767 – modelo do avião que transporta os 128 passageiros – estão preparadas para aterrar apenas com um motor a funcionar e, como têm oito rodas no trem de aterragem, em teoria, irão conseguir aterrar em segurança com apenas 7 – número de rodas que o avião da Air Canada tem, de momento.
Javier Moya explica, semelhante ao que acontece com um carro que tem um pneu com menos ar, que a aeronave “terá tendência a desviar-se para um lado, mas ao sabê-lo [o piloto] pode compensar, para que o avião não se desvie na pista de aterragem”.
Quanto à duração da viagem, o piloto explica também que não há motivos para alarme. “Só não aterra antes, porque tem se desfazer do combustível que leva. Senão é demasiado pesado”, afirmou, na rádio espanhola, reforçando que esta é uma situação para a qual os pilotos estão treinados.
Emergency #landing LIVE #AirCanada Plane with 130 passengers in #Barajas #Madrid with a wheel problem #Boeing
https://t.co/U37d8QK10d— Rui Cardoso (@RuiLCardoso) February 3, 2020
{relacionados}