O novo coronavírus, que surgiu na cidade chinesa de Wuhan, já provocou a morte de 363 pessoas e deixou mais de 17 mil pessoas infetadas. Depois de a Organização Mundial da Saúde ter declarado emergência internacional e vários países terem ficado sob quarentena, várias questões sobre a propagação do coronavírus começaram a ser feitas.
Será o novo coronavírus mais perigoso do que a gripe A, que matou 203 mil pessoas em todo o mundo, durante o surto em 2009? Ou que a SARS que foi responsável pela morte de mais de 800 pessoas entre 2002 e 2003? Segundo uma investigação do jornal espanhol El Confidencial, o coronavírus tem uma capacidade de propagação superior às outras duas epidemias.
Comparando o primeiro mês das três epidemias, o 2019-nCoV mostra-se mais forte do que a SARS e a Gripe A: mais infetados e mais mortes.
Por outro lado, a taxa de letalidade – a percentagem dos infetados que morreram – do coronavírus ainda não chegou perto dos números da Síndrome Respiratória do Médio Oriente ou da SARS apesar de ter aumentado nos últimos dias de 2,8% para 4%.
Recorde-se que uma enfermeira chinesa partilhou um vídeo nas redes sociais no qual acusa as autoridades do seu país de estar a encobrir o impacto real do novo coronavírus, alegando que o número de infetados é muito superior ao que tem sido apresentado.
"Estou na área onde o coronavírus começou. Estou aqui para dizer a verdade. Neste momento, na província de Hubei, incluindo a área de Wuhan, 90 mil pessoas foram infetadas pelo coronavírus", disse a enfermeira, cuja identidade não foi divulgada.
Recorde-se que estas acusações de encobrimento ganham especial relevância, depois de se ter sabido que em 2002, o Governo chinês ocultou durante algum tempo, a existência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) à própria população.
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