Li Wenliang é um medico chinês que só queria alertar os seus amigos para a possível existência de um novo surto.
No dia 30 de dezembro escreveu, no WeChat, uma rede social chinesa, num grupo que tem com alguns dos seus ex-colegas médicos, que deram entrada no hospital onde trabalha, em Wuhan, sete pacientes, vindos de um mercado de peixe e marisco, e que tinham sido diagnosticados com uma doença do tipo SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
Sublinhe-se que a memória do surto de SARS, que afetou a China em 2002-2003, tendo sido ocultado durante muito tempo pelo Governo, ainda está muito presente no país, já causou a morte a centenas de pessoas.
O médico, oftalmologista, só queria que os seus colegas tivessem cuidado, mas a mensagem caiu que nem uma bomba e poucas horas depois as imagens do alerta já se tinham tornado virais. Não passou muito tempo até que Li Wenliang fosse acusado de estar a espalhar rumores, tendo sido chamado à esquadra onde foi obrigado a declarar-se culpado de um ato ilícito e prejudicial à população.
Agora, um mês depois, o médico confirmou à CNN, por mensagem porque está demasiado doente para falar, que está numa cama de hospital, nos cuidados intensivos, depois de ter sido infetado com o vírus, 2019-nCoV, que já matou mais de 425 pessoas e contaminou 20680.
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