Este símbolo surgiu pela primeira vez através da Fundação Susan G. Komen, uma organização dedicada ao combate do cancro da mama. A fundação ofereceu bonés cor-de-rosa durante a Corrida para a Cura, em 1990. Numa outra corrida, em 1991, a organização decidiu oferecer também pequenos laços cor-de-rosa, mas estes não tiveram um grande impacto.
Um ano depois, Alexandra Penney, na altura editora da revista de saúde Self, convidou Evelyn Lauder, a então vice-presidente da empresa de cosméticos Estee Lauder, para organizar a segunda edição do National Breast Cancer Awareness. Ambas lembraram-se de criar um laço e de fazer com que as maiores distribuidoras de cosméticos os ‘espalhassem’ por Nova Iorque.
No entanto, ao mesmo tempo que isto acontecia, uma mulher chamada Charlotte Haykey avançava com a mesma ideia. Esta mulher de 68 anos tinha vencido a batalha contra o cancro da mama, mas queria alertar a população em geral para os esforços que são necessários para fazer frente à doença.
“O orçamento anual do Instituto Nacional Oncológico é de 1.8 mil milhões de dólares, mas somente 5% vai para a prevenção contra o cancro da mama”, dizia nos cartões que Charlotte distribuía na rua, juntamente com um laço cor-de-laranja.
Penney e Evelyn tomaram conhecimento desta campanha e quiseram-se reunir com Charlotte mas esta recusou uma possível parceria, afirmando que a editora e a ‘rainha’ dos cosméticos eram demasiado comerciais.
No entanto, a editora e a ‘rainha’ dos cosméticos não desistiram da ideia e decidiram avançar na mesma. O objectivo da iniciativa era o mesmo que o de Charlotte, mas apenas uma pequena [grande] coisa mudou: O laço teria que ser cor-de-rosa.
Desde essa altura que o pequeno laço tem sido utilizado por milhares de pessoas em todo o Mundo. E hoje, Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, a Liga Portuguesa Contra o Cancro deixou um desafio a todos os homens: Colocarem um lenço cor-de-rosa na cabeça.
A campanha, intitulada ‘Lenço na Cabeça também é de Homem’, vai decorrer entre hoje e sexta-feira, tem como objectivo “promover um movimento nacional que mostre a solidariedade dos homens com as mulheres que sofrem de cancro da mama e posicionar esta doença como uma doença da sociedade e não apenas das mulheres”.