O início do julgamento teve já três datas marcadas, mas só aconteceu esta terça-feira, 1021 dias após a morte de Marco Ficini, adepto da Fiorentina, junto ao Estádio da Luz. E Luís Pina suspeito de ter atropelado o italiano a 22 de abril em 2017 remeteu-se ao silêncio. Este caso conta com 22 arguidos – 12 dos quais da Juventude Leonina e dez dos No Name Boys – e o julgamento, que decorre no Campus da Justiça, em Lisboa, conta com segurança reforçada.
Na sessão de hoje apenas quatro arguidos quiseram prestar declarações, três ligados ao Sporting e um ao Benfica. E todos disseram não ter visto nada do que se passou.
O juiz que preside ao coletivo, Francisco Henriques, deu ordens para reforçar a segurança no Campus de Justiça antes do início do julgamento, tendo também sido escolhida uma sala com condições especiais para que fosse possível dividir os elementos de cada uma das claques.
Já em março de 2018, durante uma sessão da fase de instrução do processo, os adeptos das duas claques estiveram envolvidos em confrontos e foi necessária a intervenção das forças de segurança, que chegaram mesmo a fazer uma detenção.
Marco Ficini, de 41 anos, havia viajado para Lisboa propositadamente para ver o dérbi, acompanhado por mais dois adeptos da Fiorentina. No entanto, a vítima acabou por não resistir aos ferimentos e morreu ainda no local onde ocorreram os confrontos.
Além do homicídio do italiano, Luís Pina responde ainda em tribunal pela tentativa de homicídio de outras quatro pessoas.
As próximas sessões deste julgamento estão agendadas para 11 e 18 de fevereiro.