O filme de 2011 Contágio regressou ao top 100 do iTunes dos Estados Unidos noticiou a Hollywood Reporter. A história retrata a propagação de um vírus que surge em Hong Kong e rapidamente se espalha pelo mundo. Um cenário familiar?
Em Portugal, o interesse pelo filme protagonizado por Matt Damon e Kate Winslet também aumentou e encontra-se no top nacional do iTunes. Já em Hong Kong, o filme é o quarto filme mais visto da plataforma.
Nas redes sociais, vários internautas comentam as parecenças entre o coronavírus e o filme. “Estamos a viver o filme Contágio”, diz um utilizador, na sua conta oficial de Twitter.
O filme começa com o regresso a casa da paciente zero, Beth Emhoff, depois de uma viagem em trabalho a Hong Kong. Depois da sua morte e do filho, a epidemia começa a espalhar-se pelo mundo, instalando o pânico entre a população.
A verdade é que o filme apresenta diferenças da realidade: enquanto o vírus ficcional matou milhões de pessoas em dias, o coronavírus, que já surgiu há dois meses, fez 560 vítimas mortais. O conceito de imunidade ao vírus do filme também não pode ser aplicado ao 2019-nCoV. Além disso, o novo coronavírus tem sido letal especialmente para pessoas com um sistema imunitário mais fraco, com um historial de doenças respiratórias ou com idades mais avançadas. No filme, o vírus atinge pessoas de todas as idades.
Segundo a psicóloga Sílvia Freitas, a procura por este tipo de filmes “tem que ver com o desconhecimento que surge nestas situações”. Em alturas de “mais receio e pânico”, as pessoas “procuram cessá-los através destas pseudo-tentativas de controlo”, afirma, em declarações ao P3.
We are now living in Soderburgh's "Contagion." pic.twitter.com/pPW82CZW61
— Stephanie Wilson (@stephietweets) January 24, 2020