Antes de o Benfica partir para o norte do país, onde vai defrontar, esta terça-feira, o Famalicão, Luís Filipe Vieira voltou a falar sobre o clássico frente ao FC Porto, no Dragão, do passado sábado, e explicou o pedido do clube sobre a nomeação de árbitros estrangeiros para os seus jogos e os do FC Porto até ao final da época.
"Quando se chega a uma situação em que há uma desconfiança… em que se penduram árbitros e jogadores numa forca. Por que não haver árbitros estrangeiros? Não é por não acreditar em A, B ou C, mas tem de se acabar esta suspeição”, começou por dizer o presidente do Benfica, em declarações aos jornalistas, esta segunda-feira.
"Assim chamamos árbitros estrangeiros, que podem errar, não estão ligados a nenhuma equipa… Erram como qualquer um, uns mais descarados, outros menos… Dou-lhe um exemplo: imaginemos que o penálti que foi marcado contra o Benfica tinha sido marcado contra o FC Porto… Acha que a pastelaria do senhor Artur Soares Dias estaria aberta no dia de hoje no Porto? Não estava de certeza absoluta”, acrescentou.
“É este o ambiente no futebol. Eu estou dentro dele e sei o que se está a passar. Não posso continuar… Parece que vou ter de começar a levar polícia de choque comigo quando vou ao Dragão jogar. É impensável para mim que as estradas no Porto sejam obstruídas para deixar o autocarro do Benfica passar. Há qualquer coisa que está mal nisto. É um espetáculo, uma indústria, acho que de uma vez por todas temos de pôr a mão na consciência e perceber o que queremos disto. Não há um problema de não ganhar", rematou.
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