O jornalista brasileiro Léo Veras foi morto, esta quarta-feira, com 12 tiros, disparados por dois encapuzados que entraram em sua casa no Paraguai, país onde reside, quando estava a jantar com a sua família.
Léo Veras tinha um site de notícias, no qual denunciava tráfico de droga na região da fronteira entre o Paraguai e o Brasil, com o alegado envolvimento de polícias.
A dedicação ao tema valeu-lhe várias ameaças de morte, que escalaram nos últimos dias, como confirmou o procurador responsável pela investigação do homicídio do jornalista.
"Ele recebeu ameaças nesses últimos dias. Ele estava nervoso, estava inquieto, estava temeroso. Em uma conversa que manteve com sua esposa, ele se despediu, praticamente. Ele disse: “Amor, se cuida, cuida das crianças”. Praticamente se despede de sua família. Ou seja, já sabia que iriam matá-lo", disse Marco Amarilla, citado pelo site G1.
Um amigo do jornalista, que pediu o anonimato, confirmou que as ameaças se tornaram constantes. “Ele falou que as ameaças eram por matérias referentes ao tráfico de drogas e também relacionadas a autoridades policiais paraguaias”, contou.