O Manchester City foi banido das competições europeias por dois anos, anunciou esta sexta-feira a UEFA, revelando que o clube terá ainda de pagar uma multa de 30 milhões de euros.
Em comunicado, o organismo que rege o futebol europeu explica que o clube inglês está excluído das competições europeias nas épocas de 2020/2021 e 2021/2022, devido ao fair-play financeiro.
A decisão, que é passível de recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), foi tomada pela Câmara Adjudicatória da Comissão de Controlo Financeiro dos Clubes da UEFA, presidida pelo jurista português José da Cunha Rodrigues.
A UEFA explica que o processo concluiu que existiram “quebras significativas” das leis do fairplay financeiro por parte dos citizens, nomeadamente através da sobrevalorização das receitas de patrocínios entre 2012 e 2016. O City é ainda acusado de não ter cooperado com a investigação.
Recorde-se que em 2018, a revista alemã Der Spiegel publicou documentos, em que era possível perceber que o dono do City, Sheikh Mansour bin Zayed Al Nahyan, estava a financiar o principal patrocinador das camisolas, estádio e academia do clube, através da companhia aérea do seu país.
O clube, onde alinha os portugueses Bernardo Silva e João Cancelo, já reagiu e diz-se “dececionado, mas não surpreendido”. O City avança ainda que vai recorrer da decisão para o TAD.
“Simplificando, este é um caso iniciado pela UEFA, analisado pela UEFA e julgado pela UEFA. Com este processo encerrado, o clube vai adotar um julgamento imparcial o mais rápido possível e, portanto, em primeira instância, iniciará o processo com o Tribunal de Arbitragem do Desporto à primeira oportunidade”, lê-se na nota partilhada no site oficial do clube.