Pyotr Pavlenski, artista e ativista russo, exilado em França desde 2017, foi detido este sábado.
Embora o russo tenha sido o responsável pela divulgação de vídeos sexuais do ex-candidato à câmara de Paris Benjamin Griveaux, a detenção não se ficou a dever à partilha ilícita das mensagens privadas.
Benjamin Griveaux, o homem escolhido a dedo por Emmanuel Macron para concorrer à câmara de Paris, decidiu abandonar a corrida, depois de terem sido divulgados vídeos e mensagens privadas de cariz sexual trocadas com uma mulher.
As imagens foram divulgadas num site da Internet registado em nome de Pyotr Pavlenski, que não só assumiu a responsabilidade da divulgação, como prometeu novas partilhas.
Pyotr Pavlenski justificou o seu comportamento com o objetivo de "denunciar os altos funcionários e representantes políticos que mentem aos seus eleitores e impõem à sociedade o puritanismo que eles desprezam".
O Ministério Público francês anunciou agora a sua detenção, mas ressalvou que foi feita no âmbito de uma investigação em que o russo é acusado de violência e de posse de arma, durante uma festa na capital francesa, na véspera de Ano Novo, que registou três feridos.
As autoridades sublinharam assim que a detenção de Pyotr Pavlenski não está relacionada com a divulgação dos vídeos de Benjamin Griveaux, que não apresentou queixa, apesar de o seu advogado ter dito que o iria fazer.
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