Este domingo ficou marcado pela saída de campo de Moussa Marega, depois de ser alvo de insultos racistas por parte dos adeptos no encontro entre o FC Porto e o Vitória SC. Na passada sexta-feira, o mesmo aconteceu num jogo da terceira divisão alemã, no entanto, as reações foram muito diferentes do que se sucedeu em Guimarães.
Foi no encontro entre o Münster e os Würzburger Kickers, que um adepto da casa decidiu tecer insultos racistas contra Leroy Kwandwo, alemão de ascendência ganesa, da equipa adversária.
Ao contrário do que aconteceu em Portugal, a pessoa em questão foi rapidamente identificada e denunciada por outros adeptos. “Nazis fora”, gritaram ao adepto, que acabou por ser expulso do estádio.
Os colegas de equipa e jogadores da equipa adversária abraçaram e cumprimentaram Kwandwo, de 23 anos, que permaneceu em campo.
Nas redes sociais, o futebolista comentou o sucedido e agradeceu a solidariedade expressada.
“Tenho uma cor de pele diferente, mas nasci aqui, neste país maravilhoso que me deu tanto e tornou tantas coisas possíveis para mim e para a minha família (…) Gostaria de agradecer a todas as pessoas no estádio, aos responsáveis e aos jogadores do Preussen Münster, e especialmente à minha equipa, que me defenderam imediatamente. A vossa reação foi exemplar – vocês não imaginam o que isto significa para mim e para todos os outros jogadores de cor”, escreveu.
Em entrevista ao canal ZDF, Kwandwo defendeu ainda que abandonar o jogo nestes momentos é legítimo.
“O futebol tem muito poder. Devemos unir-nos e dizer que não vamos tolerar isto, que assim não vamos jogar”, defendeu.