A organização SOS Animal anunciou, esta sexta-feira, que vai constituir-se assistente no processo criminal contra João Moura, detido na quarta-feira por suspeitas de maus-tratos a cães em Monforte, distrito de Portalegre.
A organização afirma, através de um comunicado, que irá ser representado pelo advogado Garcia Pereira e sublinha que "corridas estimuladas por treinos negativos, maus-tratos e exploração de cães para obtenção de benefícios financeiros ou para entretenimento humano são errados". João Moura é "o maior criador de galgos do país, é um dos principais promotores de corridas de cães em Portugal", afirmam.
Recorde-se que o cavaleiro tauromáquico foi constituído arguido, esta quarta-feira, por deixar subnutridos 18 cães de raça galgo. No mesmo dia foi libertado com o Termo de Identidade e Residência. Um dos animais acabou por não resistir à falta de nutrientes e morreu esta quinta-feira.
"Alguns estavam magros, mas não os tratei mal", disse João Moura, em sua defesa, em declarações ao jornal O Farpas. "Agora vão instruir o processo e vai seguir para a frente. Já prestei as minhas declarações e estou em casa tranquilo e com a consciência tranquila. Não matei ninguém, não roubei ninguém, não tratei mal os meus cães", acrescentou.
A SOS Animal lançou em outubro a Iniciativa Legislativa de Cidadãos pela Proibição das Corridas de Cães em Portugal, que conta com mais de 11 mil assinaturas. A associação tem como objetivo obter 20 mil assinaturas para entregar o diploma ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e levar o tema a discussão entre os partidos.
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