O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) informou, este domingo, que as autoridades japonesas confirmaram que os testes ao português Adriano Maranhão, que se encontra a bordo do navio Diamond Princess, atracado no porto de Yokohama, deram positivo para o novo coronavírus.
Em declarações à CMTV, o português, que trabalha no navio há cinco anos como canalizador, disse estar “frustrado” e “revoltado”, e considera que “a companhia não soube gerir a situação”. “Muitos como eu apanharam este vírus e continuam a trabalhar", disse o português, que está isolado no cruzeiro.
"A tripulação deveria ter sido isolada como o passageiro [infetado] foi isolado, porque havia sempre a suspeita de contágio. Ninguém sabe onde estava o vírus", contou.
Segundo Adriano Maranhão, existiam mais quatro portugueses a bordo do Diamond Princess – dois passageiros que já abandonaram o navio, um outro tripulante, também da Nazaré, que não está infetado, e um tripulante que "apresentou sintomas de febre, saiu do navio para hospitais locais". "Nunca mais soubemos dele", disse.
No que diz respeito às refeições, o português, de 41 anos, disse à estação televisiva que lhe foi dado almoço e jantar graças às pressões por parte da Embaixada Portuguesa no Japão às autoridades daquele país. "A embaixada é que pediu a comida para mim", revelou.
Adriano diz que por enquanto “está bem", mas admite que não sabe o que pode acontecer nas próximas horas. "Não sei quando é que vou, nem sei para onde porque ainda não me foi dada essa informação. Estão à procura de hospitais”, disse.
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